A esporotricose é uma doença fúngica relativamente comum em animais domésticos, especialmente em gatos. Ela causa o aparecimento de pequenos caroços e feridas na pele. Além disso, outros sintomas podem surgir, como espirros nos gatos.
Epidemiologia
O Sporothrix schenckii, um fungo que pode ser encontrado em todo o mundo no ambiente, recebeu seu nome em homenagem ao estudante de medicina Benjamin Schenck, que em 1896 foi o primeiro a isolá-lo de um espécime humano. Essa espécie está presente no solo, bem como em material vegetal vivo e em decomposição, como musgo esfagno. Ela pode infectar seres humanos e animais, sendo o agente causador da esporotricose, comumente conhecida como “doença do manuseio de rosas”.
A rota mais comum de infecção é a introdução de esporos no corpo por meio de cortes ou feridas na pele. A infecção geralmente ocorre em indivíduos saudáveis, mas raramente é fatal e pode ser tratada com antifúngicos. No ambiente, o S. schenckii cresce como hifas filamentosas, enquanto no tecido do hospedeiro assume a forma de levedura. Essa transição entre as formas hifal e de levedura é dependente da temperatura, tornando o S. schenckii um fungo termicamente dimórfico.
A morfologia do S. schenckii varia conforme o ambiente:
Forma Hifal: Quando no ambiente ou cultivado em laboratório a 25 °C, o S. schenckii assume sua forma hifal. Macroscopicamente, os filamentos são visíveis, e as colônias são úmidas, com textura de couro aveludado e superfície finamente enrugada. A cor inicial é branca e pode mudar para creme a marrom escuro (“cor de cera suja”) com o tempo. Microscopicamente, as hifas são septadas, com cerca de 1 a 2 μm de diâmetro, e os conídios são ovais e parecem vidro (hialinos).
Forma de Levedura: A 37 °C, seja em laboratório ou no tecido do hospedeiro, o S. schenckii assume sua forma de levedura. Macroscopicamente, as colônias de levedura são lisas, brancas ou off-white. Microscopicamente, as células de levedura têm de 2 a 6 μm de comprimento e uma morfologia alongada em forma de charuto.
A epidemiologia do S. schenckii é mundial, mas certas áreas, incluindo o Peru, têm maior incidência da doença. Isolados de S. schenckii podem ser agrupados com base na região de onde foram obtidos. O fungo é frequentemente isolado de plantas e materiais de embalagem associados. Antes da epidemia de esporotricose no Rio de Janeiro, Brasil, não havia relatos de doenças infecciosas transmitidas por esse fungo.
Como se pega e como deve ser o tratamento?
Como se pega e como deve ser o tratamento para curar a esporotricose são importantes considerações.
O que é a esporotricose?
A esporotricose é uma infecção provocada por fungos do gênero Sporothrix. A espécie mais comum de Sporothrix é o Sporothrix schenckii, que está presente em todo o mundo e é o principal causador da esporotricose. Essa doença pode criar lesões na pele ou até mesmo em órgãos internos.
Esporotricose em gatos:
Os gatos são os principais animais afetados pela esporotricose. As manifestações clínicas incluem lesões ulceradas na pele, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. O fungo causador da esporotricose está por todo lado na natureza, e os gatos que têm acesso ao exterior podem entrar em contato com ele. É importante manter os locais limpos, especialmente a caixa de areia dos gatos. A transmissão da doença dos gatos para os humanos é mais comum do que a partir dos cachorros.
Esporotricose em cachorro:
Embora seja considerada rara em cachorros, existem alguns casos relatados. A higiene é fundamental para manter os cachorros a salvo desses fungos oportunistas. O fungo causador da esporotricose pode estar presente no ambiente, e todo cuidado é pouco.
Transmissão para humanos
Lembre-se de que a esporotricose é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida de animais para pessoas. Portanto, é essencial tomar precauções adequadas para proteger tanto os animais quanto os seres humanos.
A esporotricose é uma micose causada pelo fungo Sporothrix sp., que provoca o aparecimento de um caroço avermelhado e feridas na pele. Nos casos mais graves, a esporotricose em humanos pode ainda causar sintomas pulmonares, como tosse, falta de ar e dor ao respirar. Essa infecção pode ocorrer tanto em seres humanos quanto em animais, sendo os gatos mais afetados.
Dessa forma, a esporotricose em humanos também pode ser transmitida por meio de arranhões ou mordidas de gatos, principalmente daqueles que vivem na rua. É importante que, na suspeita de esporotricose, o médico seja consultado para que seja confirmado o diagnóstico e iniciado o melhor tratamento, que é feito com o uso de medicamentos antifúngicos por até 6 meses ou de acordo com a recomendação do médico.
Os principais sintomas de esporotricose em humanos incluem:
Pequeno caroço avermelhado na pele, semelhante a uma picada de mosquito.
Lesões ulceradas com pus.
Lembre-se de que a esporotricose é uma condição tratável, mas é essencial buscar orientação médica para o diagnóstico correto e o início do tratamento adequado.
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